Este texto foi escrito no dia 2 de Setembro de 1990, tendo sido levemente revisado nos dias 25 de Outubro de 1990 e 5 de Novembro de 1990. Esta ultima modificação tinha como intenção avaliar se o texto poderia ser submetido ao concurso de poesias do CEFET/RJ ou se não valeria a pena. No final das contas, acabei submetendo outro texto, que veio a ser classificado.

Mulher, quem te compreende ?


    Mulher, quem te compreende ?

    Como num lindo sonho te conheci.  Neste mesmo sonho me perdi.
Busco apenas o entendimento desta minha dúvida:  Quem és tu ?
    És bela, meiga, amável.  És pura flor da existência, fonte de
calor humano e alegrias etéreas.  Se, no entanto, te invocas, tua
rosa mostra os espinhos e teu olhar congela o corpo.

    Mulher, quem te compreende ?

    Que forças sinistras movem tua mente ?   Se te esforças, és a
melhor.  Se não quiserdes, nem pensar.   Labor e diversão, amor e
imaginação.  Sempre com teu charme tão feminino.
    O calor de teu semblante, como o Sol, se espalha à tua volta.
Se, no entanto, tua temperatura aumenta, podes até queimar !

    Mulher, quem te compreende ?

    Oceanos de paixão.   Mares de amor.   Tanta  beleza em uma só
pessoa.  Ou será uma Deusa a me consolar ?
    Teu doce olhar me captura.   Meu pensamento nas alturas.   Se
me olhas de lado, me sinto tão amargo e caio, chorando...

    Mulher, quem te compreende ?

    Mescla de sonho e verdade, pureza e vivência.   És suave fra-
gância, inundando nosso ar.  Sem exagero:  Vou me asfixiar !
    Aqueles que te entendem te amam.   Os que não o conseguem  te
adoram.  Que destino:  Não sei a que grupo pertenço...

    Mulher, quem te compreende ?

    Mulher, quero te compreender !